quinta-feira, 31 de maio de 2007

Distinção - Blog com Tomates


Foi atribuído ao nosso blog (Alcobaça : Gentes e Frentes), pelo blog Do Mirante, o prémio Blog com Tomates, que agradecemos.

Em conformidade com o estatuto do prémio, seleccionámos, por ordem alfabética, e com o cuidado de não repetirmos nenhum já seleccionado, os seguintes blogs:

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Aeroporto da Ota


A construção do novo aeroporto de Lisboa, tem sido alvo de vários estudos, suportados por vários Governos, e efectuados ao longo de muitos anos.

Na sequência da decisão do Governo, em avançar com a construção na OTA , têm sido desenvolvidos outros com vista a potenciar uma maior qualidade de vida na região Oeste, donde se destacam o Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo – PROT-OVT, a Estratégia de Desenvolvimento do Oeste 2020 e o Estudo Integrado da Mobilidade, Acessibilidades e Sistema de Transportes nos concelhos integrantes da Associação de Municípios do Oeste.
A construção do novo aeroporto da Ota será factor de maior desenvolvimento para a região.

Certamente que se instalarão novas indústrias e outros sectores de actividade, bem como permitirá uma modernização e reorganização das plataformas logísticas existentes.

Deste modo, considero que a recente polémica instalada sobre a localização do aeroporto prejudica seriamente, não só os interesses da região, como também os interesses nacionais podendo conduzir ao desinteresse de investimento na região.

Penso que para o concelho de Alcobaça, seriam inegáveis as vantagens da construção do novo aeroporto na Ota, possibilitando um crescimento qualitativo e quantitativo no nosso turismo.

terça-feira, 22 de maio de 2007

DISCURSO HIPÓCRITA E MENTIROSO

Excertos de um artigo de opinião no jornal A Bola de 17 de Maio de 2007 de autoria de Jorge Olímpio Bento

... é preocupante a situação de desemprego que afecta dezenas de milhar de jovens licenciados de verdade.

...O desemprego de tantos milhares de licenciados (e já de mestres e doutores) é um problema muito grave não só para os atingidos, mas sobretudo para o presente e futuro do país. É contra todos os princípios de humanidade e justiça, de equidade social e de visão estratégica e politica que se deprecia o investimento feito pelos jovens e suas familias e que se desperdiça um tão elevado capital de conhecimento e formação.

Os jovens em causa construiram sonhos e ideais, conceberam projectos superiores de vida, concluiram os seus cursos cheios de ambições, com força de vontade e criatividade, com enorme potencial de dinamismo e renovação, dispostos a dar o melhor de si à comunidade – e em cima de todo este manancial de euforia, esperança e optimismo é derramado um balde de desconsideração e péssimismo. À espera deles estão o vazio, a descrença, o desprezo, a desconsideração, a frustração e o desespero. Afinal estudaram, esforçaram-se, trabalharam, investiram – e não foi pouco – e não vêem nada reconhecido. Ouviram e ouvem a toda a hora – da boca dos politicos em geral e dos governantes em particular; dos donos das grandes empresas e serviços, dos peritos em relatórios e dos oráculos dos órgãos mediáticos – que o país carece de mais licenciados, mestres e doutores e são agora obrigados a confirmar que todos esses discursos e declarações não passam de logro e hipócrisia.

Quando e como é que estes jovens vão constituir familia? Quando é que vão alcançar um emprego decente? Se o conseguirem, será quando as suas melhores energias estiverem gastas e as suas ilusões sufocadas pela dúvida, pelo desencanto, pela frieza e ansiedade, isto é, quando estiverem exauridos do potencial de entusiasmo e inovação, de entrega generosa e transburdante que por certo levariam para a sua profissão. Se o país trata assim os seus jovens, se os condena a serem vencidos da vida, que presente quer afirmar, que amanhã quer construir?!

As implicações desta realidade são diversas e profundas e mostram que o país não é pensado a sério, que se mente e mantém a farsa em todos os sectores, que há corporações com interesses nada sintonizados com a formação sólida de quadros. Não se deseja transcender a barreira do obscurantismo. O que se quer é gente formada pela rama e à superficie em cursinhos feitos a correr, gente que possa ser fácilmente ludibriada e manipulada, submissa e incapaz de se pensar a si, aos outros, ás coisas e causas, de erguer questões e problemas e a quem seja paga uma ninharia. Isto é a pura verdade. É esta a formação que interessa; a outra – exigente, alargada e profunda – é indesejada.

...Enfim, é este o país que temos e queremos ter, com os actos e factos a desmentir as palavras.

Preocupante, acrescento eu, porque para além de tudo isto, não raras vezes deparamos com jovens licenciados a exercerem profissões completamente desajustadas dos seus cursos, porque de empregos... estamos todos elucidados, poucos ou nenhuns se criam.

Assitimos paralelamente a um aumento substancial de desemprego, o que vem agravar ainda mais os problemas de todos os nossos jovens, e é um sinal de que os que existem vão sendo paulatinamente encerrados.

Que país é este? Que governantes são estes? Que futuro vai ser o dos nossos jovens?

Que futuro vai ter este país? Quem souber que responda!

sexta-feira, 18 de maio de 2007

"AZNAR SEM TRAVÕES"



De um amigo de Espanha, recebi um mail, a indicar-me este vídeo para ver a figura que o anterior presidente do Governo Espanhol José Maria Azar, fazia entre amigos “en medio de copas de vino”. O meu amigo designa este ex-governante, de “ estúpido personaje que no hace otra cosa que ensuciar el nombre de nuestro país allá donde va (...)mira (…) y le verás diciendo las tonterias del vino en contra de la Dirección General de Tráfico de España” .

A mesma exibição foi abertura do noticiário da CUATRO, em 4 do Maio ultimo, causando uma enorme polémica. Mas o importante da postagem é ver-se pela peça, a atitude da imprensa espanhola que é acutilante e critica para chamar à razão os telespectadores sobre aqueles que ofendem a dignidade do Estado e das instituições mesmo sendo figuras de primeiríssima linha. A imprensa toma partido, é critica e acutilante sem perder o sentido de bem publico que deve de ter como realidade que ajuda a construir e a formar o espírito de sociedades evoluídas e com poder de autocrítica. Ao contrario a imprensa portuguesa é amorfa, subserviente e bajuladora e não toma partido de nada. Pelo vídeo podemos ver ainda o tipo de pessoas que têm governado o mundo e recordo que este senhor, foi um dos principais promotores de uma guerra desnecessária, com os resultados que todos conhecemos. Veio ainda a Portugal apoiar o PSD numas eleições legislativas... todo um exemplo de dignidade e cidadania.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

COMO EXPLICAR O QUE ERAM AS ALDEIAS ?





Este artigo foi publicado no JORNAL DE LEIRIA, na edição de 10 de Maio de 2007 e é da autoria de MOISES ESPIRITO SANTO (Sociologo e professor Catedrático da Universidade Nova de Lisboa). Como o tema está na ordem do dia e na nossa região as aldeia estão quase todas mortas, resolvi transcreve-lo e também porque o tema é caro ao António Delgado e já foi motivo de postagens no seu Ecos e Comentários.


"Como explicar aos jovens de hoje o que eram as aldeias portuguesas há quarenta anos? Por algumas fotografias e sequências de filmes podemos ver casas, ruas, pessoas e cenas agrícolas, mas não mostram aquilo que fazia com que uma aldeia fosse um microcosmos da cultura, um espaço fortemente integrador com um intenso poder de investimento afectivo, e um estreito círculo de solidariedade (com muita desconfiança relativamente aos «de fora»).

Eram um mundo de trabalho, de paisagens agrícolas miscigenadas de hortas, vinhas e olivais com árvores frondosas à beira das estradas; um ambiente de cheiros a fumo de lareira, a feno colhido, a palha moída ou a mosto; miúdos a correr e a jogar; patuscadas nocturnas da rapaziada; abundante criação musical e poética; histórias de vida contadas na adega; mexericos de velhas; olhares furtivos à passagem dum estranho; forte controle social. A cultura aldeã dava para vários tratados sociológicos. Nos anos 60, grupos de estrangeiros de classe média passavam parte das férias em Portugal a observar o sistema social aldeão; mas não só as aldeias «típicas»: qualquer aldeia. Todas eram primorosas criações da cultura rural: casas e varandas convidativas, elegantemente modestas com briosos ajardinamentos, caminhos de terra tortuosos e sombrios propícios ao devaneio onírico e aos medos nocturnos, conversas à porta e à janela, uma forte ligação casa-trabalho-rua e muito sentido de hospitalidade para que os «os de fora» fiquem com «boa impressão da gente».

A criação musical e poética era simplesmente notável. Podemos ver uma amostra no livro «Cancioneiro de Entre Mar e Serra da Alta Estremadura», de José Ribeiro de Sousa (editado pela C.M. de Leiria, 2004). O autor, sem sair da Costa de Baixo (uma «metade» da Costa, a outra é Costa de Cima, da freguesia de Maceira) coligiu, desde os anos 40, 1.027 peças de música popular e respectivos poemas, sacros e profanos, para as mais variadas situações da vida: ciclos do pão, do vinho, do azeite e do pinhal; cantares da água, das fontes e do rio; cantigas da lavra, do semeador, da sacha, da rega, das colheitas e das eiras; ciclo festivo anual; cantares das profissões; loas de romaria, cantigas de namoro; cantares sobre a toponímia local, sobre a vida familiar e social, cantigas do bom e de mau humor e da reinação, romances e xácaras… só para dar um exemplo do que o meticuloso autor deixou para a posteridade ao longo de 1.251 páginas em papel bíblia belamente encadernadas. «Mas [diz o autor] a Costa de Baixo em fins do primeiro quartel do séc. XX era muito diferente da actual e tinha um aspecto impossível de reconstituir. A quase totalidade das casas ditas ‘rabudas’ (com alpendre ou varanda) foi demolida; as eiras e casas anexas, as adegas e lagares, palheiros e barracões levaram o mesmo caminho. As grandiosas árvores multicentenárias que bordejavam os caminhos foram cortadas. As típicas ruas foram alargadas e perderam a graça das sebes verdes. Houve uma substituição quase total do ‘fácies’ do belo lugar de então». E, digo eu, isto é válido para todo o País rural. Um mundo perdido.

De facto, a vida era cantada. Cantava-se em todas as tarefas dos campos e da casa, para esquecer o tempo, para encurtar os caminhos, para animar os acompanhantes e para vencer as agruras. As mulheres cantadeiras (eram sobretudo elas que cantavam) tinham mais procura junto dos fazendeiros pelo bom serviço que faziam de animar o rancho -. aliás, a poesia e a música aldeãs, tal como os contos e os rimances são criações das mulheres (já os instrumentos musicais são invenções de homens).

E, hoje, o que é uma aldeia? Um pequeno aglomerado de habitações - cada vez mais dispersas entre campos abandonados. Trabalho agrícola? Nada. Vida social? Nada. Criação cultural? Nada. Ninguém nas ruas. Solidão de fugir.

Li há dias nos jornais que, segundo um inquérito europeu, os portugueses são, hoje, o povo mais triste da Europa. Porquê? Para responder cabalmente a isso teríamos de começar pelas cidades".

segunda-feira, 7 de maio de 2007

DEPUTADOS BALDAM-SE AO ACESSO À JUSTIÇA


DEPUTADOS BALDAM-SE AO ACESSO À JUSTIÇA

Excertos de um artigo de Sónia Trigueirão no Jornal 24 horas de 4 de Maio de 2007

Na tarde de quinta-feira, poucos foram os deputados que quiseram ouvir os argumentos sobre a proposta de lei do Governo para facilitar o acesso à Justiça. No fim da discussão, só estavam dentro da sala do plenário o secretário de Estado João Tiago Silveira, 36 parlamentares... e algumas moscas.

Pelas 19h30, estava Helena Pinto do Bloco de Esquerda a falar quando a campainha se ouviu nos corredores para chamar os senhores deputados à sala. Havia falta de quorum e António Filipe, deputado do PCP e vice-presidente da Assembleia da República – que ontem estava a presidir os trabalhos em substituição de Jaime Gama - foi obrigado a intervir.

Às 19h40 o número de parlamentares já passava os 40, mas ainda não era suficiente. Para uma reunião plenária continuar têm de estar, no mínimo, 46 deputados dos 230 que lá têm lugar.

Por volta das 20h00 o quorum compôs-se, mas ficou pelos 47 deputados. Valeu o esforço de cada grupo parlamentar, que, depois do aviso de António Filipe, começou a chamar os seus deputados.

Estiveram em falta deputados como Alberto Martins, o líder da bancada parlamentar socialista, Paulo Portas, do CDS-PP, Telmo Correia, do mesmo partido – que apareceu enquanto soavam as campainhas - e Marques Mendes, o líder do PSD. Entre muitos outros claro.

Em discussão, e já depois das votações, que normalmente são às quintas-feiras por volta das 18h00, estava uma proposta de lei que pretende alterar o regime de acesso ao direito e aos tribunais. O objectivo é “permitir o alargamento da concessão de protecção jurídica”, como se pode ler no documento

O QUE ELES DISCUTIAM.

A proposta de lei para alterar o regime de acesso à Justiça prevê uma revisão dos critérios de apreciação de insuficiência para efeitos de protecção jurídica e de contabilização do número de elementos do agregado familiar.

Pretende-se abrir também caminho para “a introdução de novas regras relativas à admissão dos profissionais forenses ao sistema de acesso ao direito, nomeação de patrono e de defensor (oficioso) e pagamento da respectiva compensação”.

“Prevê-se a regulamentação, designadamente, do modelo de recrutamento e selecção dos profissionais forenses que assegure a qualidade dos serviços prestados, da participação de advogados, advogados estagiários e solicitadores no sistema de acesso ao direito e da possibilidade de nomeação dos profissionais forenses ser realizada para lotes de processos e diligências avulsas”, lê-se na proposta.

Este artigo da Jornalista Sónia Trigueirão vem de alguma forma ao encontro de outras postagens que aqui foram anteriormente feitas, como “A nova Bitola de avaliação e “Ética”.

Pela elequoência do artigo nem faço comentários, deixo á vossa imaginação fazê-los.

sábado, 5 de maio de 2007

"MEME"


A Maria Faia do Blog Querubim Peregrino passou-nos um "Meme"(*) ao qual devemos dar seguimento... No final do poste indico seis blogues que irei castigar, para que prossigam este "Meme".
Obrigado Maria Faia pela distinção.

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"Meme"

A resignação é um suicídio quotidiano

(Balzac)
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(*) Um "meme" é um "gen ou gene cultural" que envolve algum conhecimento que passas a outros contemporâneos ou a teus descendentes. Os memes podem ser ideias ou partes de ideias, linguas sons, desenhos, capacidades, valores estéticos e morais, ou qualquer outra coisa que possa ser aprendida facilmente e transmitida enquanto unidade autónoma.Simplificando: é um comentário, uma frase, uma ideia que rapidamente é propagada pela Web, usualmente por meio de blogues.O neologismo "memes" foi criado por Richard Dawkins dada a sua semelhança fonética com o termo "genes".

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Passo o "meme" a,



terça-feira, 1 de maio de 2007

1º de MAIO

Para que neste dia não nos esqueçamos dos iniciadores de conquistas que ainda são só uma parte das que se devem de alcançar. Para que neste dia não nos esqueçamos dos que não têm trabalho ou exercem-no em condições infra-humanas como: os emigrantes explorados por “empresários” sem escrúpulos, todos os que tem de fazer grandes percursos para o trabalho e que exercem-no com a falta de condições de higiene e segurança.... NÃO NOS ESQUEÇAMOS A EXPLORAÇÃO DA MULHER. Não nos esqueçamos daqueles que tem de património tanto ou mais que o PIB de países como Portugal , porque CONTRA ELES a luta tem de continuar. Não nos esqueçamos de todos aqueles como o presidente da Câmara de Alcobaça que se passeia e desloca num carro, com gasolina e motorista, pagos por todos nós, não declara os impostos, há sete anos ,como foi referenciado pelos jornais. Ofendendo com a atitude todos os portugueses que trabalham de forma honesta. E não nos esqueçamos, neste caso particular, que os partidos da oposição na assembleia municipal de Alcobaça omitiram o assunto ou desviaram a atenção.

Links sobre a historia do 1º de Maio.

http://increvablesanarchistes.org/articles/avan1914/1mai1886_chicago.htm

http://www.herodote.net/dossiers/evenement.php5?jour=18860501