" A má moeda tende a expulsar do mercado a boa moeda".
No fundo é um princípio económico que formula a ideia de que as moedas que têm valor pleno em termos de metal precioso tendem a desaparecer quando circulam num sistema monetário depreciado.
Ou seja, na época em que o valor do dinheiro equivalia ao seu peso em ouro ou prata, se houvesse quebra da moeda (o rei ou o governo decidisse cunhar moeda com o mesmo valor nominal, mas com menos teor em ouro ou prata), então os possuidores da moeda antiga preferiam guardá-la, porque embora o valor nominal para as transacções no mercado fosse o mesmo, ela valia intrinsecamente mais. Assim, pouco a pouco, as transacções faziam-se usando apenas a má moeda, enquanto a boa moeda era entesourada nos baús caseiros.
Quando Cavaco Silva relembrou a Lei de Gresham, num artigo publicado no Expresso, a generalidade da opinião pública viu, por detrás das palavras do actual Presidente da República, a intenção (e a acção) que sacudiu Santana Lopes da presidência do governo. O próprio Santana Lopes, entre tantas queixas de desabafo salientou, umas vezes directa, outras indirectamente, o empurrão com que o seu ex-presidente o desequilibrou. E a leitura ficou por aí.
Cavaco Silva, interpelado sobre o assunto, respondeu que a sua afirmação não visava ninguém em especial mas a classe política em geral.
Parece-me pertinente o relançamento deste tema, visando particularmente o quadro político das autarquias – Juntas e Assembleias de Freguesia, Câmaras e Assembleias Municipais.
No fundo é um princípio económico que formula a ideia de que as moedas que têm valor pleno em termos de metal precioso tendem a desaparecer quando circulam num sistema monetário depreciado.
Ou seja, na época em que o valor do dinheiro equivalia ao seu peso em ouro ou prata, se houvesse quebra da moeda (o rei ou o governo decidisse cunhar moeda com o mesmo valor nominal, mas com menos teor em ouro ou prata), então os possuidores da moeda antiga preferiam guardá-la, porque embora o valor nominal para as transacções no mercado fosse o mesmo, ela valia intrinsecamente mais. Assim, pouco a pouco, as transacções faziam-se usando apenas a má moeda, enquanto a boa moeda era entesourada nos baús caseiros.
Quando Cavaco Silva relembrou a Lei de Gresham, num artigo publicado no Expresso, a generalidade da opinião pública viu, por detrás das palavras do actual Presidente da República, a intenção (e a acção) que sacudiu Santana Lopes da presidência do governo. O próprio Santana Lopes, entre tantas queixas de desabafo salientou, umas vezes directa, outras indirectamente, o empurrão com que o seu ex-presidente o desequilibrou. E a leitura ficou por aí.
Cavaco Silva, interpelado sobre o assunto, respondeu que a sua afirmação não visava ninguém em especial mas a classe política em geral.
Parece-me pertinente o relançamento deste tema, visando particularmente o quadro político das autarquias – Juntas e Assembleias de Freguesia, Câmaras e Assembleias Municipais.
1 comentário:
Amigo Ernesto
Claramente que Cavaco Silva quis criar nesse seu artigo a analogia entre a perda do valor real da moeda em função da desvalorização real da mesma e o valor dos políticos.
A verdade é que as pessoas, antigamente, começaram a guardar as moedas que tinham efectivamente o seu valor em ouro ou prata e faziam circular aquelas que o estado ou o rei tinham mandado cunhar com o mesmo valor nominal mas não com mesmo teor real.
Nesta analogia, Cavaco Silva penso, pôs a mão na ferida, porque os bons políticos começaram a ser açambarcados por empresas e particulares, deixando assim o caminho aberto aos "politiqueiros baratos" para que estes assumissem altos cargos com influência no destino das populações.
Claro que nem todos poderão ser metidos no mesmo saco, mas que muita verdade encerra esta comparação, lá isso encerra.
Não precisamos de ir muito longe, nem puxar muito pela imaginação para verificar-mos que na realidade muitos dos actuais políticos, postos nos seus cargos apenas por questões partidárias e não por competência, não têm capacidade para o desempenho das suas funções nem respondem aos anseios das populações.
Na política local, essa incapacidade ainda se faz notar mais porque as respostas e os anseios das regiões, não são aquelas que seriam de esperar.
A falta de qualidade é depois superada com as máquinas partidárias que vão eternizando os políticos medíocres nos lugares que lhes ofereceram.
Mas é o País que temos e se calhar que merecemos porque somos todos nós os responsáveis por este estado de coisas.
Um abraço
José Gonçalves
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