Espaço para a partilha, a discussão e a troca de ideias sobre actualidades e a realidade sociocultural da região de Alcobaça. É uma tertúlia aberta e livre que se pretende elevada e em rede.
terça-feira, 24 de abril de 2007
25 DE ABRIL SEMPRE
PARA QUE A MEMÓRIA PERMANEÇA E A LIBERDADE SE REFORCE LIBERDADE IGUALDADE E FRATERNIDADE.
15 comentários:
Anónimo
disse...
O video mostra-nos o Verdadeiro Dia da Liberdade. Belo documento. Viva o 25 de Abril! Viva a Liberdade! Viva Portugal!
eu também considero um belo documento. no entanto, tenho pena que algumas pessoas (não estou a falar do autor do post, evidentemente, mas do português em geral) só se lembrem da liberdade, da fraternidade, da igualdade, da amidade e de todas as "dade" neste dia. depois, no seu dia-a-dia... é talvez por isso que, para mim, as datas não são muito importantes. o importante é irmos passando a mensagem e as nossas experiências no nosso quotidiano.
Boa Amiga Lúcia, Concordo consigo. Embora eu seja daquelas pessoas que, anualmente, gostam de sair à rua e reviver o espírito do 25 de Abril, reafirmo as suas palavras nas quais ficou expressa a necessidade de todos fazermos, todos os dias, com que seja Abril. Para tanto, porque não começar-se pela beleza da verdade e repeito mútuo nas relações pessoais, sociais ou profissionais que se estabelecem? Na responsabilidade de todos e cada um na promoçao de uma sociedade mais justa e Humana? Beijo Livre....
Já o tinha visto é um excelente filme sobre o que se passou junto ao Quartel do Carmo. Dizes bem "para que a memória permaneça", eu fico muito triste quando vejo jovens que não têm a miníma idéia do que foi o 25 de abril e de como era a vida em portugal antes dessa data. Um abraço.
25 de Abril de 1974. Rua do Comércio. Baixa de Lisboa. 8.00 horas da manhã. Um jovem dirigia-se para o serviço depois de arrumar o carro. Nenhum sinal de qualquer alteração ao quotidiano laboral. Ao chegar perto da porta do serviço, uns colegas que vinham em sentido contrário avisam-no: - Vai buscar o carro e vai para casa porque houve uma revolução e hoje está tudo fechado. Como já deve ter compreendido esse jovem (na altura) era eu. Mas a irreverência dessa juventude não me deixou regressar a casa. Assisti por dentro à Revolução dos Cravos. Estava muito perto do confronto em pleno Terreiro do Paço, entre as forças revoltosas comandadas por Salgueiro Maia e as forças fiéis ao regime, comandadas não me lembro por quem. Segui com alguns colegas que me acompanharam e com muitos outros desconhecidos que áquela hora por ali estavam, para a António Maria Cardoso, porque naquele dia as palavras de ordem andavam na boca de todos. Alguem gritou: -" vão atacar a Pide" e lá fomos em magote até lá acima para ver no local o acontecimento. Assisti de longe, na Rua do Alecrim, ao cerco feito à policia politica. Ouviram-se disparos. As pessoas refugiavam-se onde podiam, mas não arredavam pé. Queriam ver. Queriam vingança. Vi coisas que não gostei. Alguns gritos do povo acusando este ou aquele de pertencer à PIDE e se calhar nem todos os acusados na via pública o eram. Mas o cerco era-lhes feito. O povo queria liberdade e vingança. Levavam-nos ás forças revoltosas. Felizmente havia sempre as vozes mais calmas e mais lúcidas que serenavam de alguma maneira aquela sede de revolta. Subi a Rua do Alecrim e fui correndo até ao Largo do Carmo. Era inevitável, bastava seguir o povo. No meio da multidão aos gritos vivi os minutos que este filme relembra. Lembro-me da alegria imensa que me enchia o peito quando voltei para casa. No trajecto quase percorri Lisboa inteira não só pelas dificuldades de tudo o que se estava a passar, mas porque o povo estava na rua, e gritava, empunhava cravos e bandeiras. As pessoas cumprimentavam-se como se fossem amigos de há muito tempo. Afinal estávamos todos á espera daquele dia. Depois fui para casa agarradinho ao rádio, na esperança de ver mais desenvolvimentos na televisão porque a ansiedade era muita. Uma nova vida e uma nova esperança entrava neste País naquele lindo dia de Abril. Poderão acontecer muitas mudanças, muitos confrontos, muitas alegrias, muitas tristezas, mas seguramente que não mais voltarei a viver as emoções que senti naqueles momentos. Um grande abraço António Inglês
gracias por tu comentario e desde Chile es muy bueno el conforto de tus palabras.
besitos e ahora que tu país esta libre de Pinochet a conmemorar, la memória de Salvador Allende y todos cuantos murieron por la libertad massacrados por los lacaios de los yanquis.
DAs coisas que mais me impressionaram no 25 de Abril foram as prostitutas darem borlas aos soldados foi a forma que encontraram para retribuir tamanha gratidão ao que les acabavam por fazer...só os jornais da epoca fizeream alguns comentários. Essa demonstraram o mior sentido de fraternidade que podia haver...dar o proprio corpo ao proximo.
Amigo António, O dia 25 de Abril é uma marca da liberdade de todos nós. Como tal não pode, nem deve, ser esquecido. Mais uma vez, escolheu muito bem o video. Um abraço.
15 comentários:
O video mostra-nos o Verdadeiro Dia da Liberdade. Belo documento.
Viva o 25 de Abril! Viva a Liberdade! Viva Portugal!
eu também considero um belo documento. no entanto, tenho pena que algumas pessoas (não estou a falar do autor do post, evidentemente, mas do português em geral) só se lembrem da liberdade, da fraternidade, da igualdade, da amidade e de todas as "dade" neste dia.
depois, no seu dia-a-dia...
é talvez por isso que, para mim, as datas não são muito importantes. o importante é irmos passando a mensagem e as nossas experiências no nosso quotidiano.
25 de Abril sempre
Viva a Liberdade
Boa Amiga Lúcia,
Concordo consigo.
Embora eu seja daquelas pessoas que, anualmente, gostam de sair à rua e reviver o espírito do 25 de Abril, reafirmo as suas palavras nas quais ficou expressa a necessidade de todos fazermos, todos os dias, com que seja Abril.
Para tanto, porque não começar-se pela beleza da verdade e repeito mútuo nas relações pessoais, sociais ou profissionais que se estabelecem? Na responsabilidade de todos e cada um na promoçao de uma sociedade mais justa e Humana?
Beijo Livre....
obrigado maria
eu também acho que se deve comemorar mas não chega...
Já o tinha visto é um excelente filme sobre o que se passou junto ao Quartel do Carmo. Dizes bem "para que a memória permaneça", eu fico muito triste quando vejo jovens que não têm a miníma idéia do que foi o 25 de abril e de como era a vida em portugal antes dessa data.
Um abraço.
un abrazo grande a Portugal, abrazando la libertad
besitos
Meu caro António
25 de Abril de 1974.
Rua do Comércio. Baixa de Lisboa.
8.00 horas da manhã.
Um jovem dirigia-se para o serviço depois de arrumar o carro.
Nenhum sinal de qualquer alteração ao quotidiano laboral.
Ao chegar perto da porta do serviço, uns colegas que vinham em sentido contrário avisam-no:
- Vai buscar o carro e vai para casa porque houve uma revolução e hoje está tudo fechado.
Como já deve ter compreendido esse jovem (na altura) era eu.
Mas a irreverência dessa juventude não me deixou regressar a casa.
Assisti por dentro à Revolução dos Cravos.
Estava muito perto do confronto em pleno Terreiro do Paço, entre as forças revoltosas comandadas por Salgueiro Maia e as forças fiéis ao regime, comandadas não me lembro por quem.
Segui com alguns colegas que me acompanharam e com muitos outros desconhecidos que áquela hora por ali estavam, para a António Maria Cardoso, porque naquele dia as palavras de ordem andavam na boca de todos. Alguem gritou: -" vão atacar a Pide" e lá fomos em magote até lá acima para ver no local o acontecimento. Assisti de longe, na Rua do Alecrim, ao cerco feito à policia politica. Ouviram-se disparos. As pessoas refugiavam-se onde podiam, mas não arredavam pé. Queriam ver. Queriam vingança.
Vi coisas que não gostei. Alguns gritos do povo acusando este ou aquele de pertencer à PIDE e se calhar nem todos os acusados na via pública o eram. Mas o cerco era-lhes feito. O povo queria liberdade e vingança. Levavam-nos ás forças revoltosas. Felizmente havia sempre as vozes mais calmas e mais lúcidas que serenavam de alguma maneira aquela sede de revolta.
Subi a Rua do Alecrim e fui correndo até ao Largo do Carmo. Era inevitável, bastava seguir o povo.
No meio da multidão aos gritos vivi os minutos que este filme relembra.
Lembro-me da alegria imensa que me enchia o peito quando voltei para casa. No trajecto quase percorri Lisboa inteira não só pelas dificuldades de tudo o que se estava a passar, mas porque o povo estava na rua, e gritava, empunhava cravos e bandeiras. As pessoas cumprimentavam-se como se fossem amigos de há muito tempo. Afinal estávamos todos á espera daquele dia.
Depois fui para casa agarradinho ao rádio, na esperança de ver mais desenvolvimentos na televisão porque a ansiedade era muita.
Uma nova vida e uma nova esperança entrava neste País naquele lindo dia de Abril.
Poderão acontecer muitas mudanças, muitos confrontos, muitas alegrias, muitas tristezas, mas seguramente que não mais voltarei a viver as emoções que senti naqueles momentos.
Um grande abraço
António Inglês
estimado Ludovicus,
Pois sim é um belissimo documento tinha dezasseis anos e vive esses dias todos em Lisboa de forma muito intensa.
Um abraço
Lucia,
pois sim há muita gente que procede tal como diz.
Bjs.
Antonio
Pois si Papagueno e parece que neste pais uma das coisas que mais existe e a falta de memória...
Um abraço fraterno
Ola Freyja,
gracias por tu comentario e desde Chile es muy bueno el conforto de tus palabras.
besitos e ahora que tu país esta libre de Pinochet a conmemorar, la memória de Salvador Allende y todos cuantos murieron por la libertad massacrados por los lacaios de los yanquis.
Milloenes de besitos.
Antoñito
MariaFaia,
O teu nome é também uma enorme lenda nesta epopeia do caminho para a liberdade que foi o 25 de abril em Portugal.
Bjs.
Caro Ingles,
DAs coisas que mais me impressionaram no 25 de Abril foram as prostitutas darem borlas aos soldados foi a forma que encontraram para retribuir tamanha gratidão ao que les acabavam por fazer...só os jornais da epoca fizeream alguns comentários. Essa demonstraram o mior sentido de fraternidade que podia haver...dar o proprio corpo ao proximo.
Um abraço e não deixe de frequentar o blog
Um abraço
Antonio.
Amigo António,
O dia 25 de Abril é uma marca da liberdade de todos nós.
Como tal não pode, nem deve, ser esquecido.
Mais uma vez, escolheu muito bem o video.
Um abraço.
Enviar um comentário