segunda-feira, 26 de março de 2007

A União Europeia e o QREN


Fez ontem precisamente 50 anos, que em Roma foi assinado o Tratado que instituiu a Comunidade Económica Europeia.
Iniciou-se, então, o fim da Europa das fronteiras, das divisões e o início da paz, da liberdade, da democracia, da tolerância e da solidariedade.
Muitas são já as etapas da formação e consolidação da União Europeia, mas sempre norteadas aos princípios e linhas orientadoras do Tratado de Roma.
Portugal, juntamente com a Espanha, entram para a CEE em 1 de Janeiro de 1986.
Para a actual UE, várias foram as alterações que se fizeram sentir após a nossa adesão. Foram já vários os programas de apoio comunitário que Portugal usufruiu, alguns nem sempre bem aproveitados.
A nível regional, o Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) 2007-2013, é a nossa derradeira oportunidade…
O QREN, assume como grande desígnio estratégico a qualificação dos portugueses e das portuguesas, valorizando o conhecimento, a ciência, a tecnologia e a inovação, bem como a promoção de níveis elevados e sustentados de desenvolvimento económico e sócio-cultural e de qualificação territorial, num quadro de valorização da igualdade de oportunidades e, bem assim, do aumento da eficiência e qualidade das instituições públicas.
A prossecução deste grande desígnio estratégico, assenta em três domínios essenciais de intervenção: o potencial humano, os factores de competitividade da economia e a valorização do território.
No que concerne a este último domínio, e que está nas mãos das autarquias, a Agenda Operacional para a Valorização do Território visa dotar o país e as suas regiões e sub-regiões de melhores condições de atractividade para o investimento produtivo e de condições de vida para as populações.
Abrange as intervenções de natureza infra-estrutural e de dotação de equipamentos essenciais à qualificação dos territórios, e ao reforço da coesão económica, social e territorial.
Esta Agenda acolhe como principais domínios de intervenção: o Reforço da Conectividade Internacional; das Acessibilidades e da Mobilidade; a Protecção e Valorização do Ambiente; a Política de Cidades; e, ainda, as Redes de Infra-estruturas e Equipamentos para a Coesão Territorial e Social.
Alcobaça não pode perder esta oportunidade!

27 comentários:

Anónimo disse...

Bem Vindos à Blogosfera.
Bom Trabalho

José Gonçalves disse...

Procuro muitas vezes fazer o balanço desta Europa sem fronteiras, a sós com os meus botões, e se encontro razões para sentir que Portugal tirou partido desta adesão, encontro tambem o péssimismo de quem sentiu que muitos milhões de Euros se utilizaram nem sempre da melhor maneira nem em proveito dos portugueses em geral.
Estamos agora perante uma ultima oportunidade que nos foi concedida e que significa que após 2013 nem mais um Eurozito para cá virá.
A partir dessa data será altura da Comunidade Económica Europeia canalizar verbas para aqueles que, no seu entender, mais virão a necessitar delas, situação aliás em que já nos encontrámos, (e encontramos,digo eu).
O QREN, nome estranho mas decisivo para o Desenvolvimento Regional de Portugal faz uma aposta clara na Qualificação, Competitividade e Valorização do território.
Na nossa região, onde a qualidade do tecido produtivo precisa de inovar, por via do desenvolvimento técnológico, onde o desemprego tem vindo a crescer, necessitando de renovação e novos investimentos, maior qualificação profissional e maior competitividade, onde a melhoria de vida das populações necessita, como de pão para a boca, de mais e melhor investimento produtivo, de uma maior valorização, é preciso que não se disperssem as atenções por questões e problemas pessoais e politicos, e que se dê aproveitamento a estes apoios financeiros, através de uma maior e mais eficaz discussão pública para que não se continuem a perder apoios por falta de projectos crediveis.
A partir de 2013, ou conseguimos ganhar o futuro ou então seremos cada vez mais os ultimos desta
Comunidade Económica Europieia em constante mutação com a entrada de novos Estados membros.
Esperemos que a nossa Região saiba agarrar, não com duas mãos, mas com todas as que tivermos disponiveis, esta soberana e derradeira oportunidade.
Ainda sou optimista por natureza.
José Gonçalves

ANTONIO DELGADO disse...

Caro Ernesto,
É verdade Ernesto apesar de Portugal não ser o mesmo desde 1986, devido à entrada na CE e ela ter injectado rios de dinheiro, no pais, muito foi desviado para a compra de Mercedes, BMs ou vivendas com piscinas no meio de pecuárias como na região. Desviado donde ele fazia falta, que era investir na qualificação das pessoas em qualificar o território e o sector produtivo como fez a Irlanda e a Espanha e em certa medida a Grécia. Os Portugueses quiseram Mercedes BMWs, casas com piscinas, antenas parabólicas e estádios de futebol... Na região constava-se que havia uma rede de pessoas a projectarem pecuárias do qual o Jornal Expresso fez eco numa crónica larga por volta de 1990.

O QREN elaborado com uma linguagem muito sedutora não me convence em muitos aspectos sobretudo no que respeita à qualificação, dado esta ser feita segundo níveis de exigência muito baixos. E que dizer da abertura da universidade a pessoas com 23 anos, numa iniciativa que convida os alunos portugueses a abandonar a escola mais cedo, porque sabem que podem entrar na universidade por outros meios?

E os clichés que não são compreensíveis e remetem-nos para coisas desconexas. Pergunto que tem que ver a “qualificação territorial, num quadro de valorização da igualdade de oportunidades” serão hermetismos institucionais, vacuidades políticas ou arte de não dizer nada???!!!

E os ritmos diferenciados que compõem os estados da UE e dentro de cada um as regiões. Não obstrui este ritmo o usufruto pleno deste quadro comunitário...será que o estigma da Europa a várias velocidades já foi ultrapassado. E no caso particular de Alcobaça que dizer na falta de gente qualificada que é alarmante e preocupante e os poderes não se importam porque também não são qualificados . Que competitividade poderá ter a terra carente deste tipo de pessoas, quando são elas que podem gerar ideias e criatividade. Como pode sobreviver numa competição entre territórios uma terra e uma região sem criatividade??? Que fazem os políticos para atrair jovens e pessoas qualificadas na região??? Como pode sobreviver Alcobaça com uma classe de políticos desnorteados, que não sabem nada das suas obrigações, não conhecem a terra que governam e ainda incutem nas pessoas exemplos de desonestidade!!??

Sinceramente Ernesto neste quadro que não prevejo que Alcobaça e a região se possa configurar de pleno num QREN.

Um abraço e gostei desta postagem

A. João Soares disse...

Parabéns. Muitos parabéns, tanto pelo texto como pelos comentários.
Sem a qualificação do potencial humano nada de bom pode ser esperado. Ficando à espera de subsídios não se avança. O problema é de todos os cantos do País. Ponha.-se a televisão a fazer concursos práticos de conhecimentos das actividades económicas, a fim de estimular as pessoas a pensar naquilo que é verdadeiramente útil ao País. Dos políticos, ignorantes como são, não se pode esperar muito. Têm que ser os mais ágeis de cada concelho a dinamizar o avanço na formação de pessoas. Certamente encontrarão apoios de empresas para uma formação profissional que lhes interessa. As Câmaras têm muita responsabilidade nisso porque tem de ser uma actividade adequada às necessidades locais. Em vez de futebol, florbela e concursos dos mortos (como os maiores portugueses), faça-se algo de útil para benefício de todos num futuro próximo.
Felicidades neste vosso novo espaço.
Um abraço
A. João Soares

Alzira Henriques disse...

Caro Amigo Ernesto,

Não podia ter aberto melhor este nosso blog.
O tema que introduziu em discussão é de uma importância extrema para todos nós e, sobre ele, todos devemos reflectir e actuar, cada um à sua medida.
Em 1986, quando Portugal aderiu à então CEE, todos nós (ou pelo menos aqueles que algum conhecimento detinham) acalentámos a esperança de que seria possível, através do apoio dos nossos parceiros europeus, qualificar, inovar, desenvolver, fomentar o progresso e a expansão do país.
Vieram três quadros comunitários de apoio (QCA) e, tristemente, continuamos na cauda da Europa em matéria de qualificação e desenvolvimento.
Muitas vezes me pergunto que raio de cultura é a nossa em que parece só haver "esperteza" e não inteligência... É que, grande parte dos apois financeiros dos quadros comunitários anteriores foram "aproveitados" pelos "chicos espertos", para seu proveito pessoal e, mesmo os organismos públicos não souberam aproveitar as oportunidades de ouro que, de bandeja, lhes tinham sido facultadas.
Em matéria de formação/qualificação humana gastaram-se "rios" de dinheiro em formação desajustada e desordenada, pese embora os instrumentos legislativos produzidos serem de grande qualidade.
Ministraram-se milhares de acções de formação para desempregados sem a menor preocupação de integração sócio-profissional. Era necessário gastar dinheiro... as execuções financeiras estavam na moda.
Não houve a preocupação de adequar a formação/qualificação sócio-profissional às necessidades do meio envolventos (necessidades económicas, profissionais ou sociais) e, por essa via se esbanjaram muitos milhões.
Mas, como acontece como todas as minas, também esta tem um fim. E o fim está à vista - 2013.
Se nestes sete anos que nos restam continuarmos a primar pelo oportunismo pessoal e político de quantos gerem, directa ou indirectamente, este filão estaremos a negar a nós próprios aquilo que procurámos ao aderir à UE - progresso e desenvolvimento económico e social.
Parabéns pela postagem.

Anónimo disse...

Boa noite Ernesto,
Não posso estar mais de acordo consigo.
Na verdade o progresso e desenvolvimento tardam a chegar a Alcobaça...
Ques esta pequena contribuição tecnológica e social, que é este nosso blog, contribua, pelo menos, para a melhoria do conhecimento de todos.
Já terá valido a pena.

Lúcia Duarte disse...

olá a todos
começo por vos saudar por esta iniciativa. Pode ser que se consigam alertar os menos atentos para os problemas que, de facto, deveriam ser debativos e divulgados.
como sempre, o comentário da Alzira disse tudo...
mas pense numa coisa: será que interessa aos pseudo-politicos que nos gerem, que o país progrida? e depois? mudam os termos dos discursos nas campanhas? é que o que lhes está a dar votos são as promessas de desenvolvimento. alguns até acreditam (por isso interessa manter o povo na ignorância)!

Jorge Casal disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ernesto Feliciano disse...

Caro Ludovicus Rex,
Obrigado pelo seu apoio e pelo seu comentário neste novo blog.
Volte sempre.

Ernesto Feliciano disse...

Caro José Gonçalves,
De facto, nem sempre os portugueses aplicaram correctamente as verbas vindas da UE.
Esse foi também um dos factores que decididamente contribuíram para o estado em que está o nosso tecido empresarial.
E esse erro não foi só por culpa deles, mas também de uma insuficiente fiscalização pelos órgãos governamentais.
Este QREN será decisivo, por seu a última oportunidade, e será crucial a correcta aplicação dos fundos.
Não só nas empresas, como também nas autarquias.
Em Alcobaça, haverá amanhã pelas 18:00 horas no Cine Teatro, um workshop com a participação do Prof. Augusto Mateus – Competitividade no Concelho, no Âmbito do QREN.
Um abraço.

Ernesto Feliciano disse...

Caro António,
Obrigado pelas suas palavras.
O seu comentário começa precisamente por focar um pouco a mentalidade dos empresários portugueses quando descobriram uma maneira “fácil” de terem capital.
E esse capital não foi aplicado onde deveria ter sido … na qualificação, na inovação, na competitividade, na tecnologia …

Sobre a nossa presença na EU, queria-lhe focar um aspecto ligado à educação, que penso ser muito positivo – o ERASMUS.
Um programa de troca de estudantes e professores nas universidades europeias.
Muitos referem-se a este programa, como um dos que obteve maior sucesso na Europa.

Quanto ao QREN, e em especial para a região de Alcobaça, estou um pouco preocupado com algum eventual adormecimento, tanto dos nossos empresários, como dos autarcas, tanto mais devido à vertente regional dos programas operacionais.

Um abraço.

Ernesto Feliciano disse...

Caro A. João Soares,
Obrigado pelo seu incentivo, e pelo seu comentário.
É como refere, é um problema também de como vive culturalmente o nosso país.
Terá efectivamente de existir uma outra prática que estimule todos a terem um novo pensamento.
E aí os meios de comunicação, e em especial as televisões, também têm, como diz, alguma culpa.
Este espaço servirá "combater" essa prática. Através dos artigos e dos respectivos comentários, iremos tentar alertar e despertar as pessoas para asuntos que julgamos importantes.
Um abraço e volte sempre.

Jorge Casal disse...

Custa-me ser desmancha-prazeres mas não esperem de mim discursos louvaminhas. A meu ver a União Europeia foi (e é) sobretudo uma miragem. Se entrou dinheiro a rodos, esse também serviu para alimentar a corrupção a todos os níveis: político, empresarial, autárquico. Tem enriquecido muita gente… Quantas casas e carros de luxo, viagens, férias exorbitantes, etc., se pagaram com dinheiros da U.E desviados! Para além das auto-estradas, dos estádios e de outras obras de fachada e eleitoralistas, o povo português continua tão pobre (ou mais ainda?) do que antes da adesão. Pelo menos, as diferenças sociais aumentaram. A agricultura portuguesa morreu miseravelmente («de morte matada», pagou-se para arrancar as vinhas). As pescas, idem (pagou-se para destruir os barcos). A Indústria está pior do que antes. Trocámos o Escudo pelo Euro? Operações financeiras que só aproveitam a alguns. O Formação Profissional foi um rio de dinheiro que se perdeu no deserto do logro. Quanto à instrução, estamos melhor? Há mais abandono escolar do que antes e o analfabetismo dos velhos de outrora passou para a iliteracia dos jovens, adultos e crianças. Processo de Bolonha? Vão-se distribuir licenciaturas fáceis às molhadas. Paz no mundo graças à UE? Não vejo.

A União Europeia é sobretudo um gigantesco «trust» para políticos e administradores. De que valeu tanto dinheiro se continuamos na cauda da Europa do Oeste e passamos a ficar na do Leste? O futuro de Portugal depende dos portugueses, não da União Europeia. Mas, sem a Europa, também não antevejo um futuro digno. Vamos continuar pobres e ignorantes. Antigamente éramos «pobre mas honestos»; no futuro seremos «pobres e calões».

Anónimo disse...

Meu caro Jorge Casal
Nem sei o que lhe hei-de dizer, mas depois de ler aqui o seu comentário fico completamente "arrasado"...
Ele contém as palavras que procurei quando fiz o meu e não as encontrei.
Estou inteiramente de acordo consigo, pena é que nós portuguesinhos deste jardim á beira mar plantado não tenhamos a coragem não só de reconhecer que o que diz é a realidade nua e crua, muito menos de as proferir...
Entretanto, por cá vamos vivendo de desgraça em desgraça, e já nem conseguimos andar "pobretes mas alegretes", pelo menos aqueles que não tiramos beneficio nenhum desta chuva de Euros que nos inundou, e fomos muitos... até porque esta "quinta" que é Portugal antigamente era de três ou quatro e agora é de muitos o que não permite dividir o dinheiro de qualquer maneira...
Este novo blogue está desde já de parabéns pela frontalidade daqueles que o fazem e daqueles que o visitam e comentam
Saudações
José Gonçalves

ANTONIO DELGADO disse...

Oh Jorge és mesmo do contra no meio de tanta idolatria e reverencia com a CE. Essa miragem tem alimentado muito sebastianismo tresmalhado que encontra nessa ideia a forma de se revitalizar...e que maneira mais eloquente esta dos paises ricos, como a Alemanha França,Autria, Suecia, Dinamarca... desfazerem-se dos seus excedentes, dando subsidios aos pobres para estes compraram a maquinaria, conhecimento e tecnologia que não têm, regressando o dinheiro às origens...

Ernesto Feliciano disse...

Cara Alzira,
Bem vinda ao blog.

Ainda bem que gostou do artigo.
Este tema é, quanto a mim, sempre actual e promove sempre discussões muito agradáveis e úteis.
O que foca vem um pouco ao encontro do que penso que eram as mentalidades dos nossos empresários à 20 anos.
E digo eram, porque acredito que actualmente, fruto das más experiências e de novos gestores, as mentalidades sejam já bem diferentes.

Viveram-se tempos de grande facilitismo, do dinheiro fácil, do gastar os fundos por gastar…
E lamentavelmente, quase que podemos dizer que perdemos 20 anos.
Daí termos todos a consciência que com o QREN é a nossa última oportunidade.

A formação profissional é um dos casos gritantes.
Quantos cursos não foram feitos só para serem gastas as respectivas verbas?
Isso é que é trabalhar na qualificação profissional?
Pelo que se ouviu, até cursos foram ministrados sem formandos!
Enfim…

É como diz, de uma vez por todos pensemos verdadeiramente que com a continuação destas más práticas ,podemos estar a hipotecar de uma vez por todas o nosso futuro.

Este apelo que faço não é apenas ao tecido empresarial, mas também aos nossos governantes e autarcas.

E 2013 já está tão próximo…

Ernesto Feliciano disse...

Cara Bárbara,
Espero que de facto este novo blog seja um novo meio de partilha, de diálogo, de discussão, e que desse modo contribua para que todos estejamos mais esclarecidos e atentos.
Dentro das minhas possibilidades vou tentá-lo fazer.

Ernesto Feliciano disse...

Cara Lúcia,
Obrigado pela sua visita a este novo blog e pelo seu comentário.
Todos temos o dever de contribuir para que as coisas mudem.
Para que o povo não esteja ou continue na ignorância.
Bem sei que a Internet não está acessível ainda a toda a gente, mas por certo que os nossos artigos e os comentários de todos são lidos por muita gente.
E isso posso comprovar pelo meu blog (http://s-martinho-do-porto.blogspot.com/), que com outras características tem ajudado a contribuir para um melhor esclarecimento sobre a actualidade de São Martinho do Porto.
Mais uma vez, obrigado pelo vosso comentário e volte sempre.

Ernesto Feliciano disse...

Caro Jorge, José e António,

Será que tudo isso que referem, e bem, é culpa da Europa?
Ou será que é culpa do nosso tecido empresarial e dos nossos governantes?

E é como também refere o Jorge, e se não estivéssemos na EU, não estaríamos bem pior? Eu penso que sim.

Nos anteriores comentários já abordei o tema da formação profissional, da inovação, da qualificação, …
Queria agora, se me permitem, dar-vos 4 dados, para relançar este assunto noutra vertente:

Em 1986:
Taxa de Inflação = 11,2 %
Taxa de juro (curto prazo) = 15,6 %
Taxa de juro (longo prazo) = 27,7 %
PIB = 37,7 milhares de milhões de euros

Em 2006:
Taxa de Inflação = 3,1 %
Taxa de juro (curto prazo) = 2,2 %
Taxa de juro (longo prazo) = 3,4 %
PIB = 155,3 milhares de milhões de euros

E outra questão: não concordam que se calhar 27 países são demais para esta UE?

Um abraço a todos.

Eduardo Silva disse...

Ernesto,
Muito bom artigo.
Começamos bem este nosso blogue.
Quanto à União Europeia e a este novo Quadro de Apoio, sou sempre um bocado incrédulo.
Ver para querer.
Esperamos que Alcobaça e Portugal o aproveitem como deve ser.
Um abraço.

Ernesto Feliciano disse...

Caro Eduardo,
É um facto que nos anteriores QCA's as verbas não foram devidamente aproveitadas.
Espero também que a relaidade com o QREN seja diferente.
Um abraço.

Ernesto Feliciano disse...

"Alcobaça vai ter de fazer opções

Alcobaça não pode ter tudo e vai ter de fazer opções nas candidaturas que vai apresentar aos próximos fundos estruturais. O recado foi deixado por Augusto Mateus que durante dois dias explicou a Alcobaça o que está em causa no próximo Quadro Comunitário

Quanto ao turismo, que é cada vez mais uma das estratégias anunciadas pelas Câmaras para o desenvolvimento local, o economista disse que é preciso pensar bem antes de concretizar qualquer projecto para desenvolver a área do turismo pois se “os investimentos não se integrarem adequadamente ao que já existe” e “não se diversificarem” estar-se-à a passar ao “lado dessa oportunidade”. Augusto Mateus defendeu que o desafio de Alcobaça, e do Oeste, passa por “transformar a procura do território numa oportunidade efectiva em resultados efectivos em desenvolvimento económico e social”.

Dinheiro para concretizar os planos do Oeste, e de Alcobaça, ao que tudo indica, e segundo as palavras do economista, não vai faltar já que, do ponto de vista dos fundos estruturais a Região passa a integrar a CCR do centro, e a ser classificada “ objectivo I”, voltando, por isso, a disputar bastante dinheiro e a beneficiar de mais dinheiro para fazer investimento público e desenvolver parcerias com o privado. Contudo, alertou Augusto Mateus, é preciso pensar global, apresentando projectos que tenham continuidade na região, desenvolvendo projectos locais que permitam o crescimento dos vizinhos. "
In www.cister.fm
2007/04/04.

Anónimo disse...

Augusto Mateus, se tivesse alguma vergonha na cara estava mas era calado. Não acredito nada em economistas destes, do tipo planificador jacobino, veja-se o que fez quando foi ministro...

As gerações vão passando mas a m... persiste.

Valha-nos a fé, e rezemos. Depois do plano estratégico do Hernani estava-se mesmo a ver que tinha de haver outro, agora com a marca do PS. Perguntem a esse senhor o que fazem os seus filhos, se alguma vez trabalharam, ou se estão à espera de uma "caminha" para uma secretariazinha de estado e, depois, para uma administraçãozinha da CGD ou da PT.

Anónimo disse...

E já agora, quanto é que a CMA, isto é, o zé povo, vai pagar ao sr Mateus por mais este estudo?

Anónimo disse...

Para recordar as belas palavras do Sr Professor Hernani Lopes que custaram ainda não há três anos a módica quantia de 250 000 Euros:

16.6.04
Alcobaça, pela SaeR (Sociedade de Avaliação de Empresas e Risco)
O Semanário Região de Leiria publicou a notícia:

Fundação para o Mosteiro

Uma fundação para o Mosteiro, uma sociedade municipal de desenvolvimento e um cluster cultural da Lusofonia são, entre outras, algumas das propostas de Ernâni Lopes para Alcobaça, inseridas num estudo divulgado na semana passada na cidade dos monges.
O estudo elaborado pela SaeR (Sociedade de Avaliação de Empresas e Risco) de que Ernâni Lopes é sócio, é o resultado do trabalho feito ao longo de 18 meses a pedido da Câmara Municipal, para a avaliação estratégica das condições de desenvolvimento do concelho de Alcobaça. O documento, caso venha a ser aceite pelo executivo municipal, deverá dar origem ao Plano de Desenvolvimento Estratégico de Alcobaça (PDE).
Ao todo, são 60 as recomendações feitas ao longo de um livro com mais de 450 páginas, que parte "da realidade poderosa e sempre presente", que é o Mosteiro, considerado "âncora do desenvolvimento". "Mas", adiantou o economista, "os investimentos necessários para o Mosteiro são da ordem dos 40 milhões de euros, a que se junta, depois, um a dois milhões de euros por ano", para a sua manutenção.
No entanto, Ernâni Lopes reconhece que "os encargos financeiros previsíveis são incompatíveis com as realidades actuais". Em alternativa, a solução para o problema passaria pela criação de uma fundação, que deveria "agregar uma adequada parceira de capitais públicos (Estado e autarquia) e privados (nacionais de estrangeiros".
E, porque Alcobaça não tem escala, Ernâni Lopes, propõe a criação de um "cluster cultural da Lusofionia", que passaria por alianças com outras localidades, nomeadamente com Tomar, "mas sempre", adianta, "com base no desenvolvimento do potencial contido no Mosteiro".
Para potenciar a estratégia proposta, a Saer adopta, como elemento "sintetizador", o programa dos três arcos: "o espiritual/cultural, o material e o ambiental". Enquanto para o primeiro se propõe a criação dos caminhos de Santa Maria, apoiados nas sete igrejas da região (Óbidos, Nazaré, Cós, Batalha, Fátima, Tomar e Alcobaça), para o segundo defende-se a sistematização das várias actividades, e para o terceiro a exploração turística e cinetífico-tecnológica da Serra dos Candeeiros.
"Gerar novas e diferentes soluções" é, em resumo, a proposta da SaeR, para quem está esgotada a "mera continuidade da evolução da segunda metade do século XX", no concelho de Alcobaça.
A tudo isto, Ernâni Lopes acrescenta, ainda, a criação de uma "task-force" específica junto do presidente da Câmara Municipal, o desenvolvimento da rede de acessibilidades no interior do concelho, o debate público do estudo agora divulgado, a criação do ensino superior de caracter inovador, um urbanismo compatível e desenvolvimento de empreendimentos turísticos de alta qualidade.
Esta a forma da Saer para Alcobaça enfrentar a "concorrência das cidades", atrair recursos e fazer face à "globalização competitiva", que se instalou no planeta a partir de 1985, com a "globalização da informação".
"Uma pedrada no charco", frisou Gonçalves Sapinho, presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, referindo-se "à mudança que tem de acontecer" no concelho, depois dos "desafios" lançados pelo estudo de Ernâni Lopes.

Sinceramente nenhum dos pontos focados com vista ao desenvolvimento de Alcobaça me convenceu, embora eu actualmente não comente a notícia dada a falta de acesso ao tal documento com mais de 400 páginas. Acredito até que sejam focadas medidas importantes para o concelho.
Fiquei também um pouco desiludido com o facto de o Mosteiro continuar a ser o eixo de desenvolvimento. Penso que é altura de parar com esta dependência e atacar nas mais variadas frentes. Os Alcobacense não devem ficar à sombra do Mosteiro para sempre...

Ernesto Feliciano disse...

Caro Ortogal,

Desde já agradeço os seus comentários.
Era de facto curioso sabermos os números dos honorários.

Ernesto Feliciano disse...

Caro Ortogal,
Quanto ao estudo do Prof. Ernâni Lopes, tenho algum conhecimento do seu conteúdo, e concordo com algumas das conclusões para que o estudo aponta.
O que penso é que como na maioria dos estudos, fica apenas pelo papel.
Por exemplo a sugestão da criação da task force…
Quanto ao Mosteiro como eixo de desenvolvimento, considero que o Mosteiro apenas possa ser um dos eixos, mas outros terão de existir, como por exemplo a baía de São Martinho do Porto.