tag:blogger.com,1999:blog-843301417035459316.post3267880083896771133..comments2023-05-09T01:40:57.877-07:00Comments on ALCOBAÇA: Gentes e Frentes: COMO EXPLICAR O QUE ERAM AS ALDEIAS ?ANTONIO DELGADOhttp://www.blogger.com/profile/03040014273135959079noreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-843301417035459316.post-79046007697220596962007-05-14T10:52:00.000-07:002007-05-14T10:52:00.000-07:00Caro Jorge,Recordo-me com saudade das aldeias que ...Caro Jorge,<BR/><BR/>Recordo-me com saudade das aldeias que todos tinhamos, em especial uma que visito com frequência no norte de Portugal, onde tenho lá família.<BR/><BR/>Mas até essa, já não tem as características de uma aldeia...<BR/><BR/>E como eles fazem questão de dizer ... até já é Vila...<BR/><BR/>É um facto que denota evolução, mas perderam-se outros valores tão característicos das aldeias, e onde naquela também imperava.<BR/><BR/>Um abraço.Ernesto Felicianohttps://www.blogger.com/profile/12047981014275373188noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-843301417035459316.post-41642735579981932852007-05-13T06:32:00.000-07:002007-05-13T06:32:00.000-07:00Quando fiz o meu comentário, nenhum outro me apare...Quando fiz o meu comentário, nenhum outro me aparecia no artigo, daí ter afirmado que me parecia que iria ser eu a abrir o debate. Afinal não foi assim.<BR/>Não é importante mas repõem a verdade.<BR/>Um abraço<BR/>José GonçalvesAntónio Inglêshttps://www.blogger.com/profile/00646927795461976527noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-843301417035459316.post-4524667780028199642007-05-13T06:10:00.000-07:002007-05-13T06:10:00.000-07:00aterrei aqui por acaso e se calhar não por acaso g...aterrei aqui por acaso e se calhar não por acaso gostei...Luís Galegohttps://www.blogger.com/profile/16908874089085447745noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-843301417035459316.post-7276435009173629362007-05-13T03:01:00.000-07:002007-05-13T03:01:00.000-07:00Obrigado amigo Jorge por este reviver do passado.F...Obrigado amigo Jorge por este reviver do passado.<BR/>Fizeste-me voltar aos meus tempos de menina´em que a alegria e o sentimento de verdadeira solidariedade imperavam nas relações de todos quantos habitavam a minha aldeia. É uma aldeia pequena que vivia como a grande maioria das aldeias portuguesas, da agricultura, criação de animais e alguns trabalhos de artífices.<BR/>O povo unido cultiva os campos em regime de "entre-ajuda". Num dia era o campo do Manel, no outro o do João e por aí adiante. As mulheres, para além da lida da casa e do tratar dos filhos, ajudavam nas sementeiras, na sacha da batata, do milho, do feijão etc e, na verdade, enquanto trabalhavam, lá iam cantando e rindo, alegrando o viver que era duro.<BR/>Cantar era uma necessidade dada a probreza em que se viva. Daí o ditado "quem canta seus males espanta". Á noite, finda a jorna campestre, os homens juntavam-se na taberna falando das agruras da vida, bebendo alguns copos de vinho enquanto que as mulheres, essas continuavam a sua faina, desta vez em suas casas, cuidando dos filhos, das roupas, da ceia e dos animais. Para elas não havia descanso...<BR/>Felizmente que a aspereza da vida mudou. Mas, infelizmente, mudou tudo. A solidariedade entre vizinhos desapareceu e deu lugar à competição desenfreada. O convívio deu lugar à procura das grandes superfícies, também hoje deignadas "o passeio dos pobres", os povos foram deixando as aldeias e procurando novos rumos, pelo estrangeiro ou pelas cidades e, aqueles que ficaram foram desenvolvendo o tal clima de solidão de que falas e, muitas vezes de saudade permanente dos ausentes.<BR/>Somos, de facto, um povo triste que durante anos demais foi explorado e amordaçado por um regime cego e ditador e que, depois dele, quando se pensava que o povo ganhasse ânimo, foi chegando o desânimo, muito por força dos maus políticos que nos têm (des)governado e pela incapacidade individual de união verdadeiramente fraterna. O colectivo ficou parado na democracia ansiada...<BR/>Reflexo de tudo isto é, salvo melhor opinião, o estado de abandono das construções das aldeias, a insensibilidade política autárquica para preparar os arruamentos para todo o tipo de transeuntes, a invasão dos espaços públicos por privados na mira do lucro mais fácil, a falta de brio dos homens e mulheres destes nossos lugares.<BR/>A civilização vai-se construindo por isso acho uma óptima ideia a publicação de estudos e escritos sobre estas matérias, bem como o exigir de acção aos nossos políticos para que, ao invés de fecharem os olhos ou favorecerem os amigos, melhorem os seus conhecimentos sobre urbanismo colectivo e desenvolvam acção tendenção à verdadeira inclusão nos espaços públicos, eliminando barreiras e criando condições de igualdade de circulação para todos, incentivando a iniciativa privada à recuperação do seu património arquitectónico, limpando os arruamentos de todos os obstáculos desnecessários e das ervas que vão tomando conta dos passeios etc.<BR/><BR/>Um Bom Fim de Semana para ti.Alzira Henriqueshttps://www.blogger.com/profile/08584025851406952278noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-843301417035459316.post-2477934190377568532007-05-12T20:38:00.000-07:002007-05-12T20:38:00.000-07:00triste ver las imagenes y que sea una realidadun a...triste ver las imagenes y que sea una realidad<BR/>un abrazo y un buen dia domingo<BR/>besitos<BR/><BR/><BR/><BR/>besos y sueñosVerena Sánchez Doeringhttps://www.blogger.com/profile/13404947193803754989noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-843301417035459316.post-55136693977596647622007-05-12T05:03:00.000-07:002007-05-12T05:03:00.000-07:00Querido Jorge,Sabes quais são as minhas ideias des...Querido Jorge,<BR/><BR/>Sabes quais são as minhas ideias deste tema pelas longas conversas que já tivemos e vamos tendo sobre estes microcosmos que se vão desertificando. tanto em Portugal como fora quando visitamos outros lugares e fazemos comparações. De facto em Portugal as aldeias tornaram-se espaços nada agradaveis e urbanizados sem nenhumas condições que possam os seus habitantes serem felizes: fios no ar, esgotos a céu aberto, falta de saneamento basico, estradas degradantes. casas velhas e em ruina. Cheirors desagradáveis, ostentação saloia, carros topos de gama misturados com casas tipi bidonVILLE...UM HORROR DE FUGIR E QUE OS POLITICOS NÃO SABEM NEM QUEREM RESOLVER. VEja-se no caso de Alcobaça com aqueles que "governam" o concelho. Sobre a solidadriedade deixo-te um comentário que é um extracto de um texto meu que foi postagem do "Ecos e Cementarios" e como via a minha aldeia em criança. <BR/><BR/>“ A minha aldeia era um pequeno lugar muito acolhedor que tinha como característica um idioma que se falava com o coração, apesar de ter muitas palavras e serem diferentes entre si todas eram sinónimas de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, não é que fosse limitado o seu léxico ou o seu sistema de convivência social. A razão era que todos estavam unidos entre si como que por uma corda e o que acontecesse a um, invariavelmente influía nos outros. Socialmente organizavam-se deste modo: Todas as mulheres da minha aldeia eram minhas mães e mães das outras crianças e todos os homens eram meus pais e pais de todas as outras crianças. Todas as crianças eram minhas irmãs e filhos de meu pai e da minha mãe e de todos os homens e mulheres da minha aldeia. Como os nossos pais e os nossos avós já tinham tido esta cultura fraterna eram os depositários da sua transmissão, por isso todos estávamos irmanados como numa família e se algum faltasse todos sentíamos a sua ausência ou esperávamos com alegria a sua chegada. Era assim a razão de existir naquele pequeno lugar, que era a minha aldeia. Por contraste só na cidade compreendi os seus ensinamentos , e como era diferente aquele idioma que se falava com o coração, onde as palavras coincidiam com o seu significado tal como vêm nos dicionários”.ANTONIO DELGADOhttps://www.blogger.com/profile/03040014273135959079noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-843301417035459316.post-37767911351324690002007-05-12T02:30:00.000-07:002007-05-12T02:30:00.000-07:00Meu caro JorgeParece-me que vou ser eu a abrir est...Meu caro Jorge<BR/><BR/>Parece-me que vou ser eu a abrir este espaço de diálogo, mas o tema é-me particularmente grato.<BR/>Com a minha idade, vivo já com algumas recordações que me transportam para esses tempos mágicos em que tudo nos parecia normal e a vida ia acontecendo naturalmente.<BR/>Vivi de perto duas diferentes realidades rurais, desde logo pelos usos e costumes de cada uma das regiões, Ribatejo e Minho. <BR/>Lembro com muita nostalgia as ruas de terra batida da pequena aldeia ribatejana onde a vida era brava em volta das vinhas. As mulheres, a meio da manhã levavam a "janta" aos "homes" que se vergavam á terra, de sol a sol. Á tardinha, reuniam-se estes na taberna da aldeia onde o vinho fazia das suas por entre uma jogatana de cartas.<BR/>A outra aldeia que me faz sonhar e por quem morro de amores, é minhota e nela vivi momentos de juventude que não se cansam de me atormentar.<BR/>Por aquela branca e estendida terra ao longo do Monte de Santo António, por entre caminhos estreitos de piso em lage e ladeados por muros de granito,pedra sobre pedra, corri e saltei atrás de tantos outros que comigo passaram grande parte da sua infância. Os hábitos eram diferentes, e nos verdes campos de milho eram as mulheres que curvadas e de foice na mão lhe davam o trato. Pela noite era norma juntar-mo-nos em casa uns dos outros e as histórias e cantigas vinham á baila sem grande esforço. Uma boa "malga" de "morangueiro" ou "verdinho" com uma brôa de deixar qualquer um de rastos, em volta da lareira, iam aquecendo as almas de todos nós.<BR/>Duas terras, duas realidades, a mesma vida comunitária, rude mas alegre, onde a electricidade era substituida por candeeiros a petróleo e a água tinha de se ir buscar á fonte.<BR/>Cada um tinha a sua vida, mas as desgraças e as alegrias eram de todos. <BR/>Eram assim as terras dos meus pais e meus avós. Não sei se conseguirei deixar tamanho legado aos meus filhos.<BR/>Obrigado Jorge por me teres levado até lá de novo.<BR/>Um abraço e bom fim de semana.<BR/>José GonçalvesAntónio Inglêshttps://www.blogger.com/profile/00646927795461976527noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-843301417035459316.post-46315052322093735992007-05-12T00:58:00.000-07:002007-05-12T00:58:00.000-07:00Caro Jorge,Muito interessante este texto e de elog...Caro Jorge,<BR/>Muito interessante este texto e de elogiar a iniciativa de lhe dar publicidade. Pela minha parte, ousei transcrever pra o Do Mirante.<BR/>Mas, para lá destes aspectos sociológicos, g+havia as precárias condições de vida, no tocante a falta de comodidades e de higiene. Cresci numa aldeia sem luz eléctrica e tinha de recorrer ao petróleo para estudar e fazer os trabalhos de casa. Não havia água canalizada nem saneamento. O rés-do -chão era a habitação de bois porcos e cabras.<BR/>Mas havia o sentimento de vizinhança, de interactividade, de entreajuda, um ombro e um braço para apoio do amigo. Hoje há hermetismo, indiferença ao outro, competição na ostentação sem bases, inveja.<BR/>A evolução das tecnologias não foi acompanhada por uma evolução humana e social. Têm sido perdidos muitos valores que estão a fazer falta, segundo a óptica de quem os conheceu.<BR/>AbraçoA. João Soareshttps://www.blogger.com/profile/10632950707313358983noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-843301417035459316.post-395878478334314782007-05-11T23:06:00.000-07:002007-05-11T23:06:00.000-07:00Hoje muitas aldeias são apenas povoações fantasmas...Hoje muitas aldeias são apenas povoações fantasmas habitadas por 3 ou 4 idosos. Nas aldeias todos se conhecem e o viver é comunitário. Nas cidades vivemos cada vez mais sózinhos no meio da multidão. Embora ache que há outros motivos históricos, políticos e culturais que justificam o facto de sermos o país mais triste da Europa.papaguenohttps://www.blogger.com/profile/05880556618773288470noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-843301417035459316.post-25575802161490993682007-05-11T22:14:00.000-07:002007-05-11T22:14:00.000-07:00olá Jorgegostei da postagem porque este tema, tal ...olá Jorge<BR/>gostei da postagem porque este tema, tal como para o antónio, também me é muito querido.<BR/>de facto, eu que sempre vivi na "cidade grande" optei por vir morar para perto de Alcobaça por achar que esta seria uma das aldeias em que toda a gente se conhece, forma um grupo de amigos, defendem-se com o bairrismo...<BR/>fiquei desiludida! afinal, havia mais união no local onde eu morava, onde todos se entreajudavam, onde se faziam "farras de convivios sádios, onde se faziam noitadas a trocar ideias sobre uma nova galeria, uma peça que estreara, sobre o crescimento das crianças, etc.<BR/>aqui, entro em casa sem ver ninguém, faço as amizades nestes nossos blogs onde converso sobre os mais variados temas.<BR/> a vida social mudou muito: pouca aproximação entre as pessoas.<BR/>o computador (que é algo impessoal e frio) torna-se um ponto de convivio entre pessoas que à partida nem se conhecem mas que começam a criar laços de amizade.<BR/>não é mau mas faz-nos sentir falta de uma presença, de um partilhar, de um aperto de mão ou.. de um simples olhar!Lúcia Duartehttps://www.blogger.com/profile/01670579302366500757noreply@blogger.com